22/04/1500
Expedição
chefiada por Pedro Álvares Cabral, com dez naus, três
caravelas e 1.500 homens a bordo, chegou no litoral da Bahia, avistou
um monte que chamou de Monte Pascoal. No dia seguinte, a expedição
aportou na Baia Cabrália, onde celebrou a primeira missa no
território descoberto, que foi chamado de "Terra de Vera
Cruz". O território era, então, habitado por 8
milhões de indígenas.
Um relato sobre a terra encontrada é enviada ao Rei de Portugal,
a Carta de Pero Vaz de Caminha.
1500-1530
Não
houve por parte de Portugal, intenção de ocupar o território,
mas uma ocupação móvel, onde os portugueses percorreram
a costa brasileira para defender a posse da terra e, eventualmente,
fundaram modestas feitorias, entrepostos de troca do pau brasil
madeira para tinturaria bastante citada nos mercados europeus. Os
indígenas forneceram a mão de obra para derrubar, descascar,
atorar, transportar os troncos, que eram armazenados nas três
feitorias fundadas, aguardando as naus que os levaria à HolandaP.
1532
Portugal
e Espanha dividiram entre si os territórios conquistados pelo
Tratado de Tordesilhas (1494), mas os franceses não aceitaram
a validade jurídica do mesmo e ocuparam vários pontos
do litoral brasileiro. Em resposta, a Coroa Portuguesa fez sua primeira
tentativa para colonizar o Brasil; utilizando sua longa experiência
na África e em Portugal, na Reconquista, implantou as Capitanias
Hereditárias, dividindo o território em quinze faixas
horizontais de terra, com cerca de 350 km de largura, que se inPiciavam
no litoral e terminavam no interior, na linha imaginária do
Tratado.
1549
Fracassado
o projeto das Capitanias Hereditárias, a Coroa Portuguesa faz
a segunda tentativa para controlar o território, com a criação
do I Governo Geral, nomeando Tomé de Souza para primeiro governador
geral.
1549-1553
Os conflitos
entre portugueses e indígenas foram uma constante desde o início
da colonização. Tomé de Souza se aliou aos tupís
e declarou guerra às outras etnias, escravizando os vencidos.
Os jesuítas que desembarcaram com Tomé de Souza foram
os únicos protetores dos índios; impediram a escravidão,
mas a aplicação de uma moral rígida e militar,
desrespeitou as tradições e a cultura indígena.
1553-1558
Duarte
da Costa, segundo governador geral, consolida o projeto de colonização,
introduzindo a produção do açúcar.
1558-1572 - Mem de Sá, terceiro governador-geral, inicia a
expulsão dos franceses, que tinham ocupado o Maranhão
e o Rio de Janeiro.
1572
As dificuldades
para administrar o território, devido à distância
entre o nordeste e o sul da Colônia, descentralizou os centros
de controle, que passaram a ser realizados em duas cidades: Salvador
e Rio de Janeiro.
1580-1640
A anexação
da Coroa portuguesa à espanhola, trouxe grandes prejuízos
para o Brasil; a Holanda, antiga aliada dos portugueses, se transformou
em inimiga, atacando e ocupando grandes faixas do litoral brasileiro,
onde construíram fortes e fundaram cidades como a Cidade Maurícia
(Recife).
1612-1616
A expulsão
dos franceses na costa norte permitiu que a região iniciasse
um desenvolvimento econômico autônomo; o controle de seu
litoral foi garantido com (re)fundação da cidade de
São Luiz do Maranhão (1612) e a fundação
de Belém do Pará (1616).
1620
Os holandeses
fundam a Cia. das Índias Ocidentais, com objetivos militares
e comerciais, que promoveu ataques e ocupações nas colônias
portuguesas e, principalmente, no Brasil.
1645-1654
Os portugueses
iniciam uma guerra contra os holandeses, que termina na expulsão
destes últimos. Retomaram Recife nas Batalhas dos Guararapes
e reduziram a presença dos holandeses a alguns fortes no litoral
do nordeste.
1690
Início
da corrida e da ocupação da região das Minas
Gerais em busca do ouro.
1707
Guerra
dos Emboabas, conflito dos paulistas e dos índios, liderados
por Borba Gato, contra uma coligação de portugueses
e de baianos (os emboabas), que saíram vitoriosos na posse
do ouro das Minas Gerais.
1709-1710
A Coroa
reforçou o controle na zona de mineração com
a separação das capitanias de São Paulo e Minas
Gerais e a construção, no ano seguinte, da primeira
estrada que uniu essa zona com o Rio de Janeiro.
1711
Guerra
dos Mascates, conflito que envolveu portugueses e índios (os
mazombos), contra os comerciantes, chamados de mascates.
1718-1722
Os paulistas,
expulsos das Minas Gerais após a derrota na Guerra dos Emboabas,
se adentraram pelo sertão de Goiás e Mato Grosso onde
encontraram o ouro.
1744 e 1748
Foram
criadas as capitanias de Goiás e Mato Grosso.
1750
Portugal
e Espanha assinaram o Tratado de Madri para solucionar os conflitos
nas "fronteiras de guerra" com o Mundo Hispânico;
pelo tratado, a Coroa portuguesa entregou à espanhola as terras
da margem ocidental do Rio da Prata e recebeu da Espanha a região
Amazônica, Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul.
1750-1777
O Marques
de Pombal, obedecendo as diretrizes do iluminismo ilustrado, promoveu
uma reestruturação administrativa na Colônia,
visando a centralização do poder. Suas estratégias
foram: a) finalizar a incorporação das capitanias à
Coroa; b) promover uma ambiciosa política de urbanização
e de controle das fronteiras que atingisse todo o território
e; c) transferir a capital de Salvador para o Rio de Janeiro (1762),
e dotar a cidade de melhorias urbanas e novas edificações
públicas similares às de Buenos AiPres e das cidades
européias; d) elevar a Colônia à condição
de Vice-Reino; e) estimular a diversificação da agricultura
e o desenvolvimento da incipiente indústria colonial.
1785
D. Maria,
rainha de Portugal, afastou Pombal e emitiu um alvará proibindo
qualquer tipo de indústria no Brasil, golpeando a siderurgia
desenvolvida em São Paulo e as modestas tecelagens de Minas
Gerais e do Pará.
1792
Ocorre
a Inconfidência Mineira, primeiro movimento pela independência
do Brasil, influenciado nos ideários da Revolução
Americana (1776) e da Revolução Francesa (1789). A resposta
da Coroa foi a devassa, repressão que condenou à morte
e ao degredo os principais líderes do movimento, como Tiradentes
que foi enforcado e esquartejado.
1800
Quando
se encerrou o século XVIII, a população total
brasileira atingia cerca de três milhões de habitantes.
Salvador, a cidade mais populosa do Brasil, tinha 50 mil moradores,
além dos 15 mil que habitavam em seus subúrbios; a capital,
o Rio de Janeiro, tinha atingido 40 mil habitantes; Ouro Preto, que
alcançara 30 mil em meados do século, com a decadência
do ouro possuía apenas 20 mil habitantes, seguida de Cuiabá,
Belém e São Luíz com 10 mil moradores.
1808
A transferência
da Corte portuguesa, para fugir das ameaças das Guerras Napoleônicas,
trouxe vantagens para a nova Colônia-Reino: a) abriu os portos
brasileiros para todas as nações; b) reformou e remodelou
a cidade do Rio de Janeiro; c) estimulou a economia regional, diversificando
a agricultura no sul e intensificando a produção do
charque no Rio Grande do Sul; d) desenvolveu a cultura do algodão,
cotado para a indústria têxtil inglesa.
1810
O Tratado
de Methuen consolida a dependência de Portugal ao imperialismo
inglês, através de uma série de privilégios
para a Inglaterra, provocando protestos de portugueses e brasileiros:
a) os produtos ingleses foram taxados na Alfândega (15%)com
valores inferiores aos portugueses (24%); b) os moradores ingleses
poderiam ser julgados no Brasil de acordo com as leis inglesas e por
juízes da Inglaterra.
1816
Anexação
do Uruguai ao Reino Unido do Brasil, com o nome de Província
Cisplatina, respondendo aos sonhos expansão da monarquia absolutista
portuguesa e o medo dos revolucionários criollos que promoviam
as Guerras de Independência das colônias espanholas, resultaram
na
1817
Primeira
experiência republicana no Brasil, com a insurreição
de Pernambuco pela independência e formação de
uma República. Os proprietários de terra, enfraquecidos
com a crise do açúcar, aderiram e se uniram aos revolucionários
(artesãos e trabalhadores urbanos), que formaram um governo
com uma constituição provisória. O movimento
foi esmagado e seus líderes enforcados e esquartejados.
1821
A Revolução
do Porto uniu as classes dominantes, os militares e os revolucionários
portugueses, exigindo o fim da monarquia absolutista e a formação
de uma Assembléia Constituinte, obrigando D. João VI,
a voltar para Portugal e deixando no Brasil seu filho D. Pedro, como
Príncipe Regente.
9
de janeiro de 1822
O Dia
do Fico, representa a decisão do Príncipe Regente de
permanecer no Brasil, desobedecendo as novas leis vindas de Portugal,
que extinguia a regência e exigia a volta de D. Pedro.
7
setembro de 1822
A independência
do Brasil marcou o fim da tumultuado conflito entre as tentativas
de Portugal para (re)colonizar o Brasil e deixou para depois a resolução
dos imensos problemas da nova nação: a crise econômica,
a guerra com Portugal, a necessidade de reconhecimento pelas nações
estrangeiras e a elaboração da nova Constituição.
11 de agosto de 1826
Após
trezentos anos de inexistência de Universidades, e com uma população
alfabetizada de apenas 3%, o Imperador criou, por Lei, duas escolas
de Direito nos moldes da Universidade de Coimbra: a de Olinda, para
atender à população do norte, transferida em
1854 para o Recife, e a de São Paulo, para atender a demanda
do sul.
1824
A opção
de D. Pedro pelos conservadores provocou, em Recife, a "Confederação
do Equador" que se espalhou por todo o nordeste.
1825
A Inglaterra
assinou um tratado com o Império brasileiro, no qual reconheceu
a independência do Brasil, em troca da garantia de continuidade
de seus privilégios no Brasil. Portugal também foi favorecido
nesse tratado, pois o Brasil se comprometeu a pagar o empréstimo
feito pelo governo português a Londres, para combater os nacionalistas
brasileiros e indenizar o rei de Portugal pelas propriedades tomadas
pela guerra.
1826
Entrou
em funcionamento o Parlamento previsto pela Constituição
de 1824.
7/4/1831
D. Pedro,
após o confronto com os deputados liberais, abdicou em favor
de seu filho, de 5 anos de idade, e voltou para a Europa.
1831
Inicia-se
a Regência, com o poder nas mãos dos liberais, que tentaram,
com sucesso, o saneamento econômico do Brasil.
1834
Ato Adicional,
onde os liberais tentaram implantar uma reforma política que
diminuísse o centralismo e aumentasse a autonomia do poder
local, através de eleições em todas as cidades
do país, onde saíram vitoriosos os candidatos liberais.
1835
O monopólio
do poder pelo partido vencedor nas eleições marginalizou
da oposição, desencadeando revoltas em várias
províncias, das quais as mais conhecidas foram a Revolta dos
Cabanos, no Pará, e a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do
Sul.
1831-1850
Acirramento
da luta contra o tráfico de escravos, resultado do confronto
entre o Brasil, econômica e culturalmente assentado na escravidão,
e as nações européias, que concretizaram suas
revoluções burguesas e industrial e ansiavam por transformar
os escravos em seus futuros consumidores.
1837
A renúncia
de Feijó marcou o término do breve período liberal
e descentralizante e dos planos liberais de contenção
ao tráfico de escravos e eliminação da sociedade
escravista.
1840-41
Para
conter a onda conservadora, os liberais lançaram a campanha
vitoriosa da maioridade de D. Pedro II que, coroado, formou um Ministério
liberal, substituído no ano seguinte por um conservador, inaugurando
o costume de troca de Ministérios que vigorou até o
fim do Império.
1842
Revolução
dos liberais que, com os conservadores se organizaram como partidos
políticos,
1844
Venceu
o tratado que concedia privilégios aos ingleses, na vigência
de um Ministério liberal, que aproveitou a oportunidade para
aumentar a taxar os produtos ingleses, permitindo sanear as finanças
e implantar algumas experiências industriais.
1845
A Inglaterra
aprovou o Bill Aberdeen, lei que permitia aos navios ingleses atacarem,
em águas internacionais, navios brasileiros envolvidos com
o tráfico de escravos. Com a intensificação da
repressão ao tráfico, os ingleses passaram a atacar
os navios nos portos brasileiros. A extinção do tráfico
internacional, resultado de um acordo secreto entre os dois governos,
não impediu que continuasse, por muitas décadas, o tráfico
interno, onde os cafeicultores adquiriram os escravos do nordeste.
1850
A promulgação
da Lei de Terras aumentou o poder dos proprietários de terra
e donos de escravos; ao proibir a posse da terra aos que nela já
habitavam, expulsou os índios e posseiros que lá viviam
desde os tempos coloniais.
1890
Crescimento
acelerado da população brasileira que, graças
à imigração estrangeira, atingiu 14,3 milhões
de habitantes.
13 de maio de 1888
A assinatura
da Lei Áurea, pela Princesa Isabel, foi o término de
um processo para atender os interesses capitalistas da Inglaterra,
que pleiteavam a abolição da escravidão no Brasil.
15/11/1889
Proclamação
da República, com o afastamento do Imperador e sem derramamento
de sangue.
Década de 1890
Incentivo
à política de imigração estrangeira, para
substituir a mão de obra escrava; 184 mil imigrantes chegaram
ao Brasil, se dirigindo principalmente ao estado de São Paulo.
1891
A Constituição
deste ano criou um conflito permanente, por concentrar o poder no
Presidente e, ao mesmo tempo, permitir uma grande autonomia dos Estados.
1897
O massacre
do movimento de Canudos pela tropas federais evidenciou o descolamento
entre a República e o povo brasileiro. Esse movimento inspirou
duas obras primas da literatura latino-americana: "Os Sertões"
de Euclides da Cunha e "A Guerra do Fim do Mundo" de Mario
Vargas Llosa.
1897
Afonso
Pena, Presidente da província de Minas Gerais, inaugura a cidade
de Belo Horizonte, com projeto Aarão Reis, nos moldes do urbanismo
republicano.
1889-1930
Período
conhecido como "República Velha", caracterizado pela
chamada política do café com leite, pela alternância
no poder de representantes de Minas ou São Paulo. Priorizou
o modelo agrário exportador e uma política contra a
industrialização.
1904
A Revolta
da Vacina, movimento popular contra a vacinação compulsória,
teve como antecedentes a remodelação da cidade do Rio
de Janeiro, onde o Prefeito Pereira Passos expulsou os pobres que
viviam no centro colonial, substituído pela moderna Avenida
Central, inspirada no modelo aplicado em Paris pelo Barão de
Hausmann.
1917-1922
Crise
e esgotamento da "República Velha", governada por
uma elite agrária, quando a indústria sinalizava o novo
dinamismo da economia e da sociedade. Neste período foram deflagradas
as primeiras greves operárias, de ideário anarquista,
duramente reprimidas pelo governo federal, que tratava a questão
social como "Caso de Polícia".
1922
Consolidação
do Tenentismo, movimento que refletia a insatisfação
dos militares e o desejo de participação das camadas
médias.
1922
Realizada
Semana de Arte Moderna, em fevereiro, onde escritores e artistas brasileiros
propõem a destruição da cultura europeizante
e passadista.
1930
A Revolução
de 30 instaurou no Brasil um novo modelo de desenvolvimento industrial
e urbano. A adoção desse modelo foi estimulada pelos
efeitos, no Brasil, do crash de 1929, que derrubou os preços
do café e de outros produtos brasileiros para exportação.
1930-1945
Era Vargas"
período do governo autoritário e centralizado do Presidente
Getúlio Vargas, caracterizado pelo populismo, nacionalismo,
trabalhismo e forte incentivo à industrialização.
11/11/1937
O "Estado
Novo", institucionalizou, de fato, o regime ditatorial, vigente
desde 1930. A Constituição de 1937, inspirada no fascismo
italiano, a "polaca", foi elaborada para ser uma Carta "livre
das peias do democracia liberal" nas palavras do responsável
por sua elaboração, o Ministro da Justiça Francisco
Campos.
1942
O torpedeamento
de cinco navios mercantes brasileiros e as fortes pressões
populares, obrigaram o governo brasileiro a se aliar aos Estados Unidos;
foram organizadas as Forças Expedicionárias Brasileiras
(FEB), que enviaram soldados para combater ao lado dos aliados.
1945
Com a
onda democratizante do pós-guerra, Vargas organizou os partidos,
por decreto e sob forte controle; os dois maiores partidos, o Partido
Social Democrata (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), articularam
uma aliança nacional que durou quinze anos.
1945
Nas primeiras
eleições após a guerra foi eleito presidente
Eurico Gaspar Dutra pelo PDS.
1946
Após
a instalação de uma Assembléia Nacional Constituinte,
que elaborou uma nova Constituição que restabeleceu
os direitos individuais, aboliu a pena de morte, devolveu a autonomia
de estados e municípios com independência dos três
poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. Estabeleceu
as eleições diretas para Presidente, com mandato de
cinco anos.
1947
Sob fortes
pressões da Guerra Fria o Brasil decretou a ilegalidade do
Partido Comunista Brasileiro (PCB), cassou parlamentares desse partido,
fechou a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT),
interveio em centenas de sindicatos e rompeu relações
diplomáticas com a União Soviética.
1950 Getúlio Vargas, eleito Presidente pelo PTB, deu
continuidade a uma política nacionalista, populista e pró-
industrialização:
a) enviou ao Congresso o projeto para a criação da Petrobras
e ; b) flexibilizou as relações sindicais permitindo
a Greve dos 300 Mil; c) criou o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico (BNDE) e limitou em 10% a remessa de lucros para o
exterior. .
1938-1950
Urbanização
das grandes capitais do sudeste brasileiro, decorrente da industrialização
e das migrações rurais urbanas.
1954
A política
de Vargas provocou a reação da oposição
conservadora, liderada pela União Democrática Nacional
(UDN). Com as palavras "Saio da vida para entrar na história"
o Presidente Vargas se suicidou e tomou posse o Vice João Café
Filho.
1955
Juscelino
Kubitschek (JK), vitorioso nas eleições para presidente,
pelo PSD, criou o Plano de Metas e consolidou o Modelo Desenvolvimentista.
1956
JK envia
ao Congresso Nacional o projeto para construção da nova
capital brasileira, Brasília.
01/04/1964
Os militares
tomaram o poder e, através de um ato institucional, iniciaram
uma perseguição a todos que fossem considerados como
ameaça ao regime.
1967
Elaborada
a sexta Constituição no Brasil, que institucionaliza
o regime militar. O general Artur da Costa e Silva elimina a Frente
Ampla, movimento político liderado pelos ex-presidentes João
Goulart e JK e pelo ex governador da Guanabara, Carlos Lacerda.
1968
A morte
do estudante Edson Luís, em protesto estudantil, mobilizou
estudantes e populares que, com o apoio da Igreja Católica,
realizaram a Passeata dos Cem Mil. Ao mesmo tempo ocorrem as greves
de Contagem e Osasco e surgem focos de luta armada. O regime endureceu,
fechando o Congresso Nacional e decretando o Ato Institucional no
5, que institucionaliza a repressão.
1969-1974
Governo
do general Garrastazu Medici, considerado o período mais brutal
da ditadura militar brasileira, também conhecido como anos
de chumbo. A área econômica é caracterizada por
projetos faraônicos, como a construção da Transamazônica,
estrada inacabada, até os dias de hoje, que invadiu terras
indígenas e produziu degradação do meio ambiente.
1975
A sociedade
civil começa a se movimentar; os intelectuais e acadêmicos
fizeram duras críticas ao regime no SBPC ( Congresso Brasileiro
para o Progresso das Ciências); os movimentos populares pediram
melhores condições de vida nas cidades;
1974-1979
O general
Ernesto Geisel assume a Presidência e encarrega o General Golberi
dio Couto e Siva para desenhar um processo de abertura lenta, gradual
e segura.
Década de 1980
Considerada
a década perdida no âmbito econômico, foi a década
achada no sentido político: a) nas eleições para
governadores, em 1982, os candidatos da oposição, do
MDB, saíram vitoriosos nas principais metrópoles brasileiras;
b) a sociedade brasileira se movimentou, ocupando todas as capitais
brasileiras, exigindo eleições diretas para Presidente,
no movimento conhecido como " Diretas Já"
1985
Se encerrou
a primeira fase da Transição Democrática brasileira,
com a saída dos militares do governo, depois de 21 anos, e
a eleição (indireta) de Tancredo Neves, que morre antes
de tomar posse, assumindo o Vice Presidente José Sarney.
1985- 1989
A Nova
Republica marcou, no plano político, a consolidação
da abertura democrática, no processo de transição
mais longo da América Latina. No plano social significou a
diminuição da repressão, ao permitir a expressão
de demandas há tanto tempo reprimidas. No plano econômico
o período é caracterizado por uma inflação
galopante e pelo "Plano Cruzado, a primeira tentativa ( fracassada)
de estabilizar a moeda.
1987-1988
Abertura
da Assembléia Nacional Constituinte e promulgação
da Constituição de 1988
1990
Primeiras
eleições diretas para Presidente, onde se enfrentam
no segundo turno, Fernando Collor de Mello e Luíz Inácio
da Silva (o Lula), do Partido dos Trabalhadores (PT).
1990-1992
O candidato
vitorioso, Fernando Collor iniciou seu governo com o confisco das
contas correntes e da poupança de toda a sociedade brasileira
e apresenta um ambicioso programa de estabilização da
economia, o "Plano Collor". Com o fracasso do Plano volta
a inflação galopante e se agrava a recessão,
presente desde a década anterior.
1992
Acusado,
por seu próprio irmão, de envolvimento em esquema de
corrupção, o Presidente foi investigado por uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI). Ao mesmo tempo os "caras
pintadas" saem às ruas exigindo o impeachment de Collor,
que é afastado pelo Congresso, assumindo o Vice Itamar Franco.
1994
O novo
presidente Itamar Franco, nomeou o senador Fernando Henrique Cardoso
para Ministro da Fazenda; foi criado o Plano Real que visava a estabilização
da moeda. Nas eleições desse ano se enfrentam, no segundo
turno, Luíz Inácio da Silva do PT e Fernando Henrique
Cardoso (FHC), do PSDB, que sai vitorioso.
1995- 1998
Para
concretizar a estabilidade econômica a sustar a crise fiscal
do Estado, causada pelas dívida externa e interna, foram desencadeadas
as reformas constitucionais. Ao mesmo tempo, foi derrubado o monopólio
em vários setores, como o petróleo, a telecomunicação,
gás canalizado e a navegação de cabotagem.
1998 Fernando Henrique Cardoso é reeleito para mais
um mandato de 4 anos.
2.000
O Brasil
comemora os 500 anos do descobrimento.
2.002
O candidato
do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em sua quarta disputa à
Presidência da República, enfrenta o candidato do PSDB
José Serra, e é eleito no segundo turno com 61,2% dos
votos válidos, 52,79 milhões de votos.